Muitos pacientes me perguntam se anti-inflamatórios fazem mal? Eu sempre respondo que embora esses medicamentos sejam extremamente úteis para aliviar dor e inflamação, trazendo alívio rápido, o seu uso contínuo pode trazer riscos sérios à saúde. Portanto, é importante entender quando eles são indicados e quais cuidados devemos ter.
Por que não é recomendado o uso contínuo?
Anti-inflamatórios reduzem a produção de substâncias chamadas prostaglandinas, responsáveis pela inflamação e pela dor. Entretanto, essas moléculas também protegem o estômago, os rins e ajudam a manter a pressão arterial. Ademais, o uso prolongado pode gerar efeitos colaterais importantes:
- Estômago: gastrite, úlceras e sangramentos.
- Rins: piora da função renal.
- Coração e vasos: aumento do risco de pressão alta e eventos cardiovasculares.
Portanto, esses medicamentos devem ser usados apenas pelo tempo necessário e com orientação médica.
Quem está mais em risco?
- Idosos.
- Pessoas com histórico de úlceras ou sangramento digestivo.
- Pacientes com insuficiência renal.
- Hipertensos e portadores de doenças cardíacas.
- Usuários crônicos de corticoides ou anticoagulantes.
Aliás, mesmo em indivíduos saudáveis, o uso abusivo pode trazer complicações inesperadas.
Em quais situações o uso pode ser justificado?
Eventualmente, o uso por conta própria pode ocorrer em situações pontuais, como:
- Dor de cabeça leve.
- Dor muscular após esforço físico.
- Pequenas lesões, como torções.
Contudo, mesmo nesses casos, a recomendação é utilizar por no máximo 2 a 3 dias, em doses habituais, e procurar um médico se os sintomas persistirem.
O Reumatologista é o especialista que avalia se o uso de anti-inflamatórios é realmente necessário. Ademais, ele identifica a causa da dor, oferece alternativas seguras e, principalmente, previne o uso inadequado. Analogamente, muitas dores articulares crônicas precisam de tratamento direcionado, e não apenas de remédios para mascarar os sintomas.
Enfim, se você ainda tem dúvida se anti-inflamatórios fazem mal, saiba que o segredo está no uso responsável. Para cada paciente existe um tratamento mais adequado e seguro.
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