Primeiramente, muitas pessoas acreditam que idade avançada = mais dor, e, de fato, existe uma tendência para sentir mais desconforto músculo-esquelético com o passar dos anos. Entretanto, essa relação não é inevitável. Compreender por que isso acontece ajuda a prevenir e até reduzir o impacto das dores no dia a dia.
Por que envelhecer pode trazer mais dor?
- Desgaste articular: Afina, ao longo dos anos, a cartilagem — tecido que protege as articulações — sofre desgaste, favorecendo condições como osteoartrite.
- Perda de massa muscular: Similarmente, a sarcopenia (redução de massa e força muscular) compromete o suporte às articulações, aumentando o risco de dor.
- Alterações nos nervos: Ademais, o envelhecimento pode prejudicar a condução nervosa, deixando a percepção da dor mais intensa.
- Inflamação crônica de baixo grau: Sobretudo, ocorre um aumento na produção de citocinas pró-inflamatórias, como IL-6 e TNF-alfa, que estimulam os receptores de dor.
- Menor capacidade de regeneração: Enquanto tecidos jovens se recuperam rapidamente, em idades mais avançadas a recuperação é mais lenta, prolongando desconfortos.
À medida que envelhecemos, as células do corpo entram em um estado chamado “senescência celular”, no qual liberam substâncias inflamatórias. Então, esse processo contribui para a chamada “inflamação silenciosa” ou “inflammaging”. Além disso, alterações hormonais e menor produção de colágeno reduzem a elasticidade e a resistência de músculos, tendões e ligamentos. Portanto, o conjunto desses fatores explica por que idade avançada = mais dor para muitas pessoas.
Como prevenir ou reduzir as dores?
- Praticar atividade física regularmente: Exercícios de fortalecimento e alongamento preservam músculos e articulações.
- Alimentar-se bem: Uma dieta equilibrada reduz a inflamação e mantém o peso sob controle.
- Sono de qualidade: É durante o sono profundo que ocorre parte importante da reparação tecidual.
- Controle de doenças crônicas: Hipertensão, diabetes e obesidade agravam dores e devem estar bem geridas.
- Acompanhamento médico periódico: A prevenção é sempre mais eficaz do que o tratamento de crises.

O papel do Reumatologista
O Reumatologista, primordialmente, avalia se a dor é decorrente do envelhecimento natural ou de doenças como artrite, osteoporose e fibromialgia. Ademais, ele realiza exames específicos, indica tratamentos que vão desde ajustes de estilo de vida até o uso de medicamentos e fisioterapia. Portanto, o acompanhamento com esse especialista garante mais segurança e qualidade de vida, independentemente da idade.
Enfim, idade avançada = mais dor não precisa ser uma sentença. Com prevenção, acompanhamento e tratamento adequados, é possível viver de forma ativa e com menos limitações. Quer saber mais sobre como manter a saúde das articulações? Me acompanhe no Facebook e no Instagram. Para consultas ou dúvidas, fale comigo pelo WhatsApp.