Quando o paciente com artrite reumatoide em remissão finalmente alcança essa fase, surge uma nova pergunta: é possível reduzir o tratamento sem perder o controle da doença? Segundo o Medscape, cada vez mais estudos reforçam que o ajuste cuidadoso da medicação pode manter o bem-estar e evitar recaídas — desde que feito com acompanhamento do reumatologista.
Mas o que significa artrite reumatoide remissão?
Remissão não é simplesmente ausência total de sintomas, mas o controle sustentado da inflamação. De acordo com os critérios conjuntos do ACR (American College of Rheumatology) e do EULAR (European League Against Rheumatism), considera-se remissão quando:
- Contagem de articulações dolorosas ≤ 1
- Contagem de articulações inchadas ≤ 1
- PCR ≤ 1 mg/dL
- Avaliação global do paciente ≤ 1 numa escala de 0 a 10
Ou, de forma alternativa, quando o índice SDAI (Simplified Disease Activity Index) é ≤ 3,3.
Esses parâmetros mostram que o processo inflamatório está inativo ou quase inexistente.
Quando e como ajustar o tratamento?
Quando a artrite reumatoide entra em remissão, o reumatologista pode — com segurança e estratégia — ajustar as medicações.
Dessa forma, há duas abordagens possíveis:
- Aumentar o intervalo entre aplicações de medicamentos biológicos ou injetáveis, quando a dose é padronizada;
- Reduzir gradualmente a dose, especialmente de fármacos como metotrexato e corticoides, sempre avaliando a resposta clínica e laboratorial.
Essa conduta individualizada é fundamental para evitar recaídas e minimizar efeitos colaterais.
O papel do reumatologista
É o reumatologista quem monitora cada etapa do tratamento, verificando:
- Se a remissão é sustentada por vários meses;
- Se há estabilidade nas articulações e exames inflamatórios;
- Se o paciente mantém qualidade de vida e função articular.
Além disso, o médico orienta sobre os sinais de alerta de uma possível reativação da doença e o momento certo para intervir novamente.
A importância do equilíbrio na artrite reumatoide em remissão
Embora reduzir medicamentos seja uma meta desejada, ela deve ser feita com cautela. O entusiasmo em “suspender tudo” pode levar à reativação da artrite e à perda de controle conquistada com tanto esforço. Ademais, manter o acompanhamento regular é essencial para prevenir danos articulares e preservar a funcionalidade.
Alcançar a artrite reumatoide em remissão é uma vitória compartilhada entre paciente e médico. Contudo, manter-se bem exige acompanhamento contínuo e decisões individualizadas sobre ajustes no tratamento.
E lembre-se: o objetivo final é sempre o mesmo — viver com conforto, mobilidade e qualidade de vida.
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