A síndrome da hipermobilidade articular é uma condição médica caracterizada pela amplitude anormal das articulações do corpo humano. Assim, os portadores dessa síndrome conseguem fazer movimentos incomuns porque suas articulações possuem uma mobilidade acima do normal.
Até 30% da população apresenta hipermobilidade articular, sendo as mulheres as mais propensas ao distúrbio.
É uma condição médica benigna, a qual pode ser bastante útil a pessoas com talentos para exercer atividades que exigem muitos movimentos, como a dança e a ginástica, por exemplo.
Essa capacidade incomum para movimentar braços e pernas, com o passar dos anos, tende a diminuir. Isso ocorre porque, ao envelhecer, o corpo perde o potencial de movimentos.
Causas da síndrome da hipermobilidade
Fatores genéticos são a principal causa da hipermobilidade articular. Alterações em genes relacionados à produção do colágeno, provavelmente, deixam os ligamentos mais frouxos, resultando em articulações hipermóveis.
O formato das extremidades dos ossos e o tônus reduzido dos músculos também proporciona essa mobilidade. Por essa razão, quando existe histórico familiar da síndrome, outras crianças poderão nascer com essas características.
A hipermobilidade também está relacionada à Síndrome de Ehlers-Danlos, que causa o enfraquecimento de tecidos conjuntivos. Portadores da síndrome de Down também podem apresentar mobilidade articular acima do normal.
Sintomas da hipermobilidade articular
A síndrome, geralmente, não apresenta sintomas. No entanto, devido à hipermobilidade articular, há mais riscos de lesões, distensões, luxações e entorses. Isso acontece porque os portadores da síndrome, muitas vezes sem perceber, fazem movimentos exagerados.
As dores são mais comuns no quadril, joelhos, dedos, cotovelos e ombros. Algumas pessoas podem desenvolver artrite e escoliose (desvio na coluna), ao longo do tempo.
Diagnóstico e tratamento
A síndrome da hipermobilidade articular pode ser diagnosticada no consultório médico através do exame físico e da anamnese. O médico avalia os movimentos que o paciente consegue fazer, acima do limite considerado normal: cotovelos e joelhos que podem ser dobrados para trás; dobrar o dedo mindinho para trás, formando um ângulo superior a 90°, encostar o dedo polegar no antebraço, entre outros movimentos.
Também é analisado o relato do paciente com relação aos sintomas e outras consequências da hipermobilidade articular, como lesões, entorses, distensões, luxações.
A síndrome da hipermobilidade articular só requer tratamento quando apresenta sintomas. O plano de tratamento é variável, conforme o quadro clínico do paciente. Dores e inflamações podem ser tratadas com medicamentos específicos.
Se necessário, o paciente poderá ser encaminhado para o atendimento fisioterápico pois exercícios físicos, sob orientação profissional, podem melhorar a estabilidade do corpo, a postura, fortalecer a musculatura e as articulações, evitando lesões. É importante seguir as orientações médicas, no dia a dia, para não exagerar nos movimentos do corpo.
Por ser uma condição ligada à herança genética, não há como prevenir a síndrome da hipermobilidade articular, porém, é possível evitar as complicações. Daí a importância do diagnóstico precoce para que o paciente receba as orientações médicas para preservar a qualidade de vida.
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