É fato que sabemos que na velhice, dores no corpo são comuns. Aliás, é o sintoma que mais induz a procura médica. 73% dos idosos queixam-se de dores nos consultórios médicos de qualquer especialidade.
Muitos até consideram a dor como um fato natural da vida e que todos passaremos por isso e temos que nos acostumar com elas. Não concordo com esta visão.
Além disso, a dor pode ter como consequências: ansiedade, distúrbios do sono, depressão, piora da memória e impacto na realização de suas tarefas diárias e na sua independência.
Tipos mais comuns de dores no corpo na velhice:
As dores músculo-esqueléticas são de fato, as mais comuns nessa idade. Suas principais causas são:
- articulares: artrose de joelhos, artrose das mãos, artrite reumatóide e outros tipo de artrite;
- coluna: artrose de coluna, hérnias discais;
- partes moles: bursites e tendinites
- generalizadas: fibromialgia, polimialgia reumática
Estas são, sem dúvida, as que mais interferem na qualidade de vida e no convívio social. Geralmente estas dores estão diretamente relacionadas a problemas nestes mesmos locais, mas outras causas podem estar relacionadas:
- Câncer
- Depressão e outros problemas emocionais e da mente
- Problemas hormonais
- Problemas neurológicos
A dor como reação emocional a um mal físico:
Particularmente no idoso, as reações emocionais de comportamento associados a dor, podem ser úteis para o paciente, pois resultam muitas vezes em mais atenção dos familiares. Algumas vezes eles seguem se comportando desse modo mesmo quando se reduz parcialmente ou desaparece a doença causadora da dor. O paciente se dá conta que lamentando-se constantemente, consegue manipular a família, amigos e médicos
Dessa forma, é de fundamental importância a atenção da família para estas queixas e a avaliação médica experiente para identificar adequadamente e tratar a dor do idoso para melhorar sua qualidade de vida e o convívio social.
Os desafios do tratamento da dor no corpo na velhice:
Pacientes idosos, normalmente, possuem outras doenças e é necessária atenção especial com relação ás interações medicamentosas. Medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e corticóides devem ser utilizados com cautela pois podem descompensar doenças crônica e interagir com outros medicamentos.
A indicação de outras classes de medicamentos como anti-depressivos e anti-convulsivantes por exemplo, só devem ser feitos por profissionais bem familiarizados com este tipo de tratamento e as peculiaridades e complexidade do organismo do idoso.
Caso queira saber mais sobre este assunto, deixe o seu comentário. Ficarei feliz em respondê-lo.
Deixo aqui também um convite a conhecer um pouco mais sobre mim e sobre o meu trabalho como Reumatologista em São Paulo.
Até o próximo texto!